sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Manitu

O terceiro dia na Arena Faculdade Maurício de Nassau - A Concha Acústica do Festival de Verão de Salvador 2009 começou bem. O público já ocupava a arquibancada quando os apresentadores Alessandro Timbó, Wanda Chase e Osmar Martins subiram ao palco para anunciar a primeira atração da noite: A banda mineira Manitu. Com guitarra pendurada no pescoço e uma gaita em punho, o vocalista Alexandre Maia mandou o som de Jah e a galera foi ao delírio.
O assobio suave na introdução de "Indiferente" - a nova música de trabalho do grupo - embalou o público, que lotou a arena e cantou junto durante todo o show, para surpresa da banda. "A gente não esperava tanta receptividade. Por causa da internet, acabamos por desconhecer a dimensão e a proporção que nosso trabalho toma. Fiquei arrepiado durante boa parte do show, em ver o público cantando junto", comemorou Alexandre.
Com quatro albuns gravados, a Manitu já prepara o quinto cd, a ser lançado no dia 21 de março, em Belo Horizonte. Por causa do sucesso, os meninos não ficam livres da pirataria, mas não se incomodam com isso. "Pelo nosso MySpace, o pessoal baixa e sai espalhando. É o que nós chamamos de 'pirataria saudável', do bem. Nesse caso, ela ajuda a disseminar nosso trabalho. Não só o nosso, mas o de todas as bandas independentes", analisou o baixista Fabão.
Para o baterista, Emerson Neiva, o reconhecimento pelo público baiano é resultado de muito trabalho. "Nós ralamos muito desde o final de 2001, quando montamos a banda. Cada um veio de uma realidade diferente, nós não nos conhecíamos e fomos atraídos pela idéia de fazer um som legal. Passamos por cima de qualquer preconceito que pudesse existir e nos encontramos em nossas diferenças. Quando há comprometimento, não tem como dar errado".
A banda se apresenta pela segunda vez em Salvador no Domingo, às 20:00, na casa de shows Bumerangue, no Rio Vermelho. Se o 'set-list' seguir o do apresentado no Palco Arena Faculdade Maurício de Nassau, no repertório devem estar inclusas músicas autorais, releituras de 'Bizarre Love Triangle', 'Te ver' e 'Cachimbo da paz', além de clássicos como 'Is This Love", do lendário Bob Marley.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Meu Desejo

Quando minha hora chegar, não tentem introduzir em meu corpo, uma vida artificial, usando uma máquina. Ao invés disso, dê minha vista para o homem que nunca viu um sol nascente, um rosto de bebê ou amor nos olhos de uma mulher. Dê meu coração para uma pessoa de que o próprio coração causou nada mais que, últimos dias de dor.

Dê o meu rim para aquele que depende de uma máquina para existir de semana a semana...

Pegue meu sangue, meus ossos, todos músculos e nervos do meu corpo e ache um meio de fazer uma criança aleijada andar. Explore todos os cantos do meu cérebro. Pegue minhas células, se necessário, e deixe-as reproduzir e algum dia, um garoto que fala pouco estará apto para gritar enquanto seu time marca gol e uma garota surda ouvirá o som da chuva contra sua janela.

Queime o que restar de mim. Espalhe as cinzas para o vento, para as flores crescerem.

Se você quer mesmo enterrar alguma coisa, deixe minha falta, minha fraqueza e todos os meus preconceitos contra meu semelhante. Dê meus pecados para o diabo e minha alma para Deus.
Se você for querer lembrar de mim, faça-o com certa façanha, ou fale com alguém que precise de você.

Se você fizer tudo isso que eu pedi, eu viverei para sempre.

Texto inglês de autor desconhecido.