No meio da Fernandes Lima, às quase sete da noite, uma mulher foi atropelada por uma moto. Como eu sei disso? É que foi bem na minha frente.
Eu estava indo pra casa, tentando relaxar no caótico trânsito da avenida, quando eu olho pro meu lado direito. A cena era essa: Duas mulheres com algumas sacolas plásticas penduradas nos braços desceram do ônibus e iriam atravessar as três faixas da avenida enquanto os carros estavam parados no semáforo. Elas atravessaram uma e, na hora de passar da segunda para a terceira, não viram uma moto - sempre uma moto - que, por sua vez, também não as viu. Um ônibus - sempre um ônibus - atrapalhou a visão de ambos. Catapimba e a mulher foi ao chão.
Demorei coisa de três segundos pra entender a cena que acabara de se desenrolar na minha frente. E demoraria até um pouco mais se minha mãe - sempre a minha mãe - não tivesse se movido no carro, desatando o cinto de segurança, abrindo a porta e dizendo "Prestar socorro! Prestar socorro! ".
Desatei o cinto, abri a porta, tirei o telefone do bolso e, qual é mesmo o telefone da SAMU? Nessas horas a pessoa esquece. Deu um branco. O único número que me veio à cabeça foi o 190. Então, foi pra esse que eu liguei. Nem chegou a chamar e eu desliguei o telefone. Alí, eu queria ser três pessoas e fazer tudo ao mesmo tempo. Minha mãe pegou o meu telefone e ligou pra SAMU (dessa vez, de verdade) e eu fui tirar meu carro dalí - afinal, tive que atrapalhar o trânsito.
Quando voltei, a cena já tinha mudado. A mulher estava lá deitada no canteiro da pista, com um homem a examinando. Era um médico que também parou pra prestar socorro. O diagnóstico dele foi rápido: Fratura de fíbula.
O médico foi embora e eu também. Afinal, já não havia mais o que fazer. A mulher ficou na companhia da amiga que já estava com ela na hora do atropelamento, a SAMU já estava a caminho e eu estava um bagaço de cansado.
O conteúdo daquelas sacolas virou farinha no asfalto. E o motoqueiro? Ninguém sabe.
Eu estava indo pra casa, tentando relaxar no caótico trânsito da avenida, quando eu olho pro meu lado direito. A cena era essa: Duas mulheres com algumas sacolas plásticas penduradas nos braços desceram do ônibus e iriam atravessar as três faixas da avenida enquanto os carros estavam parados no semáforo. Elas atravessaram uma e, na hora de passar da segunda para a terceira, não viram uma moto - sempre uma moto - que, por sua vez, também não as viu. Um ônibus - sempre um ônibus - atrapalhou a visão de ambos. Catapimba e a mulher foi ao chão.
Demorei coisa de três segundos pra entender a cena que acabara de se desenrolar na minha frente. E demoraria até um pouco mais se minha mãe - sempre a minha mãe - não tivesse se movido no carro, desatando o cinto de segurança, abrindo a porta e dizendo "Prestar socorro! Prestar socorro! ".
Desatei o cinto, abri a porta, tirei o telefone do bolso e, qual é mesmo o telefone da SAMU? Nessas horas a pessoa esquece. Deu um branco. O único número que me veio à cabeça foi o 190. Então, foi pra esse que eu liguei. Nem chegou a chamar e eu desliguei o telefone. Alí, eu queria ser três pessoas e fazer tudo ao mesmo tempo. Minha mãe pegou o meu telefone e ligou pra SAMU (dessa vez, de verdade) e eu fui tirar meu carro dalí - afinal, tive que atrapalhar o trânsito.
Quando voltei, a cena já tinha mudado. A mulher estava lá deitada no canteiro da pista, com um homem a examinando. Era um médico que também parou pra prestar socorro. O diagnóstico dele foi rápido: Fratura de fíbula.
O médico foi embora e eu também. Afinal, já não havia mais o que fazer. A mulher ficou na companhia da amiga que já estava com ela na hora do atropelamento, a SAMU já estava a caminho e eu estava um bagaço de cansado.
O conteúdo daquelas sacolas virou farinha no asfalto. E o motoqueiro? Ninguém sabe.
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