quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Editorial sobre a Federal

(Texto que eu fiz em dupla com a Thayse pra um trabalho na faculdade. Era pra escrever um editorial sobre qualquer coisa. Falamos sobre a Polícia Federal)


A Polícia Federal é, de longe, a instituição de segurança pública mais respeitada e reverenciada do Brasil. A população aplaude de pé cada operação. Diariamente liga-se a televisão, abre-se o jornal à procura das mais novas vítimas da PF. Operações Taturana, Carranca, Ouro Branco e tantas outras. O povo quer o corrupto preso, o assassino atrás das grades, a quadrilha desbaratada, enfim, a ordem.

Aos poucos, Alagoas vai acreditando, através da Federal, que o político também vai preso – mesmo que temporariamente - e que o rico também tem que ver o sol nascer quadrado. Quem esquece de Cícero Ferro, Antônio Albuquerque e sua corja? Todos acusados de envolvimento no estupro ao cofre da Assembléia Legislativa do Estado, quando deixaram um rombo de mais de trezentos milhões de reais. José Pinto de Luna e sua turma não deram valor para a importância de seus cargos e investigaram seriamente. Resultado: Todo mundo preso. E a operação continua. Até hoje, noventa e sete Taturanas foram indiciadas e já fazem parte da lista do delegado Janderlyer Gomes.

Isso tudo deixa a sociedade alagoana orgulhosa, batendo no peito e expressando o velho e sentimento enferrujado de que a justiça tarda, mas não falha. A tendência é uma melhora política no Estado. Mesmo não tendo autonomia para afastar os corruptos do cargo, a Federal separa o joio do trigo. Ela dá as cartas e a justiça se trata de jogar.
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Num Estado famoso por crimes de pistolagem, é natural que haja ameaças de morte e tentativas de homicídio, mas os cabeças da PF não parecem vulneráveis a isso. Que o diga o superintendente, José Pinto de Luna, que divulgou ao grande público a sua conta de e-mail pessoal e ainda afirmou: “Pode até mandar ameaça, que eu vou ler. Só saio da sede da polícia quando eu termino de ler todas as mensagens da minha caixa de entrada”, disse ele, certa vez, em entrevista a um telejornal.

Uma coisa é certa: A PF está trabalhando de forma exemplar e conquistando a imagem de instituição séria e comprometida com o seu objetivo inicial: Proteger o patrimônio público com unhas e dentes.

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