Um dia desses eu fui tirar umas fotos pro trabalho. Eram umas fotos de uma ponte, pra calcular altura, sei lá. Até hoje não sei exatamente o que era. Sei que tava lá, me mandaram fazer as fotos, eu fui.
Já era perto do meio-dia, parei num barzinho mesmo pra almoçar. Quando eu desci do carro, esse molequinho ficou olhando pra mim. Fitando. Querendo ver o que diabos eu estava fazendo alí. Cá pra nós, eu me perguntava a mesma coisa: Quem era o moleque? O que ele fazia alí no meio daqueles pneus? Que pneus eram aqueles?
Me impressionou a cor do cabelo dele. Loirinho, quase branco. Um olhar inocente, meio amedrontado, desconfiado. Acho que por instinto fui lentamente levantando a máquina fotográfica. Deu alguma coisa no moleque que ele começou a se mexer. Quanto mais eu levantava a máquina, mais ele andava, já prevendo que eu tiraria uma foto dele. Ou talvez achasse que estava atrapalhando a minha foto. No instante em que ele ia sair do quadro, eu cliquei. Meio rápido, com medo de sair tremida, mas eu não podia perder aquele momento. Um menino pequenininho, em meio a pneus maiores que ele até, fazendo só Deus sabe o quê. Ficou a tal da foto "filha única de mãe solteira".
Depois disso, não vi mais o menino.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
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2 comentários:
putz, que máximo essa foto.
A foto ficou muito boa e melhor ainda a história dela!
Uma duvida, deixou P&B depois (photoshop) ou foi direto da máquina? Pois se foi, arrumou rapido em! =P
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