Chicleteiro que é chicleteiro conhece Paulo Saraiva, o “Saraiva”. Os que conhecem pelo nome, passam, batem no ombro e dizem “E aí, Saraiva”, os que não conhecem de nome, com certeza conhecem de vista. Com um chapéu em formato de camaleão e uma bananeira feita com material desconhecido que pesa mais de 6 quilos, Saraiva percorre shows da banda Chiclete com Banana por todo o Brasil.
A paixão começou cedo, há 21 anos, quando o Chiclete ainda se apresentava com o nome de “Banda Scorpion”. Ele tem 35 anos e trabalha como caseiro em um condomínio – quase um bairro – chamado “Vilas do Atlântico”, em Salvador. Ganha, por mês, pouco mais de 400 reais e garante que todos os shows do Chiclete ele paga com dinheiro próprio. Só pra estar no Festival de Verão de Salvador 2008, Saraiva desembolsou 190 reais. E satisfeitís
simo.

Ele saiu Piauí para morar em Salvador sem conhecer ninguém, sem lugar pra ficar, só com uma mochila nas costas, pra arrumar emprego. Já na Bahia, trabalhando com road, conheceu o Chiclete e se apaixonou. De lá pra cá, não parou mais. Aonde tem Chiclete, tem Saraiva.
Na bananeira que carrega nos braços e na cabeça durante os shows, Saraiva coleciona fotos que já tirou com Bel, vocalista da banda. Mostra com orgulho sua foto preferida, um registro que fez com toda a família do ídolo. “Foi na inauguração de uma academia, lá no Vilas. O Bel estava lá e eu pedi a ele pra tirar uma foto com a família dele. Na mesma hora, Bel virou pra todo mundo e disse ‘Pessoal, o Saraiva que tirar uma foto!’”.
Na bananeira também tem seu telefone celular. Pra quê? “Ah, pra o pessoal ligar pra mim pra saber do Chiclete.”
Foto: Saraiva e a Bananeira de seis quilos (Portal iBahia.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário