segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Chicleteiro ele

Chicleteiro que é chicleteiro conhece Paulo Saraiva, o “Saraiva”. Os que conhecem pelo nome, passam, batem no ombro e dizem “E aí, Saraiva”, os que não conhecem de nome, com certeza conhecem de vista. Com um chapéu em formato de camaleão e uma bananeira feita com material desconhecido que pesa mais de 6 quilos, Saraiva percorre shows da banda Chiclete com Banana por todo o Brasil.
A paixão começou cedo, há 21 anos, quando o Chiclete ainda se apresentava com o nome de “Banda Scorpion”. Ele tem 35 anos e trabalha como caseiro em um condomínio – quase um bairro – chamado “Vilas do Atlântico”, em Salvador. Ganha, por mês, pouco mais de 400 reais e garante que todos os shows do Chiclete ele paga com dinheiro próprio. Só pra estar no Festival de Verão de Salvador 2008, Saraiva desembolsou 190 reais. E satisfeitíssimo.
Ele saiu Piauí para morar em Salvador sem conhecer ninguém, sem lugar pra ficar, só com uma mochila nas costas, pra arrumar emprego. Já na Bahia, trabalhando com road, conheceu o Chiclete e se apaixonou. De lá pra cá, não parou mais. Aonde tem Chiclete, tem Saraiva.
Na bananeira que carrega nos braços e na cabeça durante os shows, Saraiva coleciona fotos que já tirou com Bel, vocalista da banda. Mostra com orgulho sua foto preferida, um registro que fez com toda a família do ídolo. “Foi na inauguração de uma academia, lá no Vilas. O Bel estava lá e eu pedi a ele pra tirar uma foto com a família dele. Na mesma hora, Bel virou pra todo mundo e disse ‘Pessoal, o Saraiva que tirar uma foto!’”.
Na bananeira também tem seu telefone celular. Pra quê? “Ah, pra o pessoal ligar pra mim pra saber do Chiclete.”
Foto: Saraiva e a Bananeira de seis quilos (Portal iBahia.com)


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